Cempre apresentou modelo de reciclagem de lixo ao governador do Mato Grosso

Editoria: Vininha F. Carvalho 26/08/2003

Em audiência na quarta-feira (16/7), no Palácio Paiaguás, técnicos da organização Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem) apresentaram ao governador Blairo Maggi e a secretários de Estado um trabalho sobre a reciclagem seletiva que hoje é feita em 192 Municípios brasileiros.

A Cempre reúne 18 grandes empresas do País, entre elas, Ambev, CSN, Alcoa e Coca-Cola.O diretor-executivo André Vilhena explicou que o trabalho da organização é o de difundir informações obtidas por meio de pesquisa. A Cempre se colocou à disposição do Governo do Estado para colaborar com projetos viáveis de serem implantados nos Municípios. De acordo com Vilhena, por dia, são produzidas no País 140 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos. Desse total, 60% correspondem a material orgânico, e a maior parte vai para os lixões.

A coleta seletiva de lixo, além de evitar desperdício, poluição visual e contaminação dos lençóis freáticos, pode significar rendimentos médios de dois salários mínimos para os catadores. Hoje, 28% dos Municípios não possuem coleta de lixo no País e o resultado é que o exército de catadores de lixo e de pessoas que trabalham com a coleta seletiva está aumentando e já chega a 500 catadores.

O custo, para fazer a coleta seletiva, de porta a porta, é de 70 dólares por tonelada. Um valor considerado elevado e que, para ser viabilizado, depende de parcerias. Mas Vilhena disse que existem outras alternativas. Num estágio inicial, pode se trabalhar com cooperativas de catadores, com entrega voluntária.

“Num primeiro momento, o custo será menor e com o passar do tempo deve se buscar a otimização do processo aumentando o material coletado diminuindo os custos”, disse ele.