Greenpeace denuncia ao Exército venda ilegal de terras

Editoria: Vininha F. Carvalho 22/06/2004

O coordenador da campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário, apresentou ontem, às 17h, na Escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro, dados sobre a venda ilegal de áreas públicas da Amazônia realizada para estrangeiros, pela Internet.

Com a apresentação, Adário pretende ilustrar para os oficiais graduados do Exército o papel do Greenpeace na luta contra a apropriação da Amazônia por empresas estrangeiras.

O objetivo do Greenpeace é lutar contra a devastação da região e pelo desenvolvimento sustentável, com a melhoria na qualidade de vida da população local”, diz Adário.

Adário mostrará todas as investigações recentes do Greenpeace sobre exploração ilegal de madeira, grilagem de terras e venda ilegal de propriedades realizada pela Internet, inclusive a estrangeiros, em sites como Timberland e Imóveis Virtuais.

O preço do hectare para a aquisição da terra é de cerca de US$60 e os sites oferecem excursões para estrangeiros interessados.No site da Timberlands, a propaganda oferece os lotes “sem guerra, sem furacões, sem terremotos, sem enchentes e sem mosquitos!

Paulo Adário mostrou a evolução do desmatamento nos últimos anos, que vem atingindo índices cada vez mais elevados.

Um dos maiores problemas na Amazônia é a ausência total do Estado brasileiro, que acaba estimulando a ocorrência de diversos tipos de ilícitos, inclusive ambientais”, diz ele, cobrando uma maior presença de instituições governamentais na região.

Na apresentação, o coordenador da Campanha Amazônia mostrará as recentes cooperações do Greenpeace com o governo brasileiro em ações de combate ao desmatamento e à extração ilegal de madeira, com apoio ao Ibama e à Polícia Federal.

Fonte: Greenpeace