Uma potência chamada Rally dos Sertões

Editoria: Vininha F. Carvalho 06/07/2004

Os números são impressionantes: 213 veículos inscritos, mais de 4 mil quilômetros rodados com passagem por dez cidades em cinco Estados (Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí e Ceará) e R$ 30 milhões em investimentos, incluindo valores gastos pela organização, equipes e competidores e mais de 1.500 pessoas envolvidas em sua execução.

Este é o Rally dos Sertões, a maior competição off road da América Latina que largou em Goiânia (GO) dia 1 de julho e chega em Fortaleza (CE) no próximo sábado. Dados consideráveis que transformaram o Sertões na terceira maior prova off road do mundo em número de participantes, atrás apenas do Paris-Dakar (40 inscritos) e Rally da Tunísia (250).

Em sua 12a edição, o Rally dos Sertões pode ser considerado um exemplo de sucesso. A prova que se iniciou em 1992 com apenas 34 pilotos de moto e percorreu 3.500 quilômetros entre Campos do Jordão (SP) e Natal (RN). Em 2004 recebeu 96 carros de competição (66 na categoria cross country e outros 30 na regularidade), 86 motos e 12 caminhões, um recorde.

Para realizar uma prova deste tamanho, além de muita organização e trabalho, demanda possuir uma infra-estrutura gigantesca. Para que tudo corra de acordo com o programado e possa atingir os objetivos pré-determinados, são necessários mais de 350 profissionais envolvidos, entre médicos, equipes de cronometragem, fiscais e motoristas, entre outros.

Entretanto, se for levado em conta os pilotos, jornalistas, e pessoal de apoio das equipes, este número passa de 1.500 pessoas.

Além dos profissionais é necessário uma logística afinada e o apoio de muitos veículos e equipamentos. Só a organização do Rally dos Sertões tem 75 carros Mitsubishi L200 Sport e TR4 e mais dez motos. Mas a ação não se desenvolve somente na terra. É necessário contar com apoio aéreo.

Para reaizar este trabalho, a Dunas Race, organizadora do Rally dos Sertões, conta com quatro helicópteros (um exclusivo apenas para filmagem aérea e dois UTI) e mais três aviões.

Crescimento :

O Rally dos Sertões `decolou`rumo ao sucesso a partir de 1996, quando foi criada a Dunas Race, tendo como meta formatar uma estrutura empresarial e moderna exclusivamente para o rali, envolvendo, neste primeiro ano, mais de 300 pessoas na organização. A entrada de novos colaboradores e sócios permitiu essa mudança.

Fortaleza, capital do Ceará, foi o destino final da prova, desta vez com mais de cinco mil quilômetros e 54 inscritos nas motos e 23 carros do Brasil e do exterior. Dado o primeiro e importante passo, a Dunas Race começou a incrementar o rali em todos os seus segmentos.

O trabalho sério e profissional da Dunas Race, empresa organizadora do evento dirigida por Marcos Ermírio de Moraes e Simone Palladino, fez com que a prova conquistasse reconhecimento internacional nesses últimos 12 anos, atraindo número cada vez maior de jornalistas.

Na edição de 2003 foram 120 profissionais. Este ano, aproximadamente 160 profissionais já estiveram nas salas de imprensa montadas nas cidades por onde passa o rally e no ConectBus, um ônibus equipado com equipamentos de ponta e que serve de midia center. Até Fortaleza (CE) este número deverá crescer ainda mais.

Investimentos em tecnologia :

Com a estabilidade econômica da empresa e o retorno do investimento, a Dunas Race passou a priorizar o uso de tecnologia de ponta na competição. Em 99 comprou dois aviões modelo Pelicano para utilizar no Rally dos Sertões.

As aeronaves até hoje funcionam para dar suporte à segurança dos competidores, o que contribuiu para consolidar a credibilidade do evento e atrair mais pilotos. Outro detalhe é que esses aviões também são usados para agilizar a comunicação. Como eles captam sinais de rádio à longa distância, servem como “ponte” entre competidores, organização e imprensa, muitas vezes espalhados pelos lugares mais isolados do país. Com toda essa distância, o uso de dois helicópteros UTI também faz parte dos procedimentos de segurança da prova.

Televisão :

A Dunas Race também não poupou investimentos na divulgação do evento, inclusive utilizando helicóptero equipado com câmeras especiais que filmam toda a prova. As imagens são geradas via satélite, diariamente, para várias emissoras do país e do exterior. Os custos para a organização do rali, que antes giravam em torno de 200 mil reais, agora ficam na casa dos 2 milhões.

Com tudo isso, a prova tornou-se um sucesso de divulgação.Em 2003, nada menos que 157 veículos noticiaram a prova, 1.127 reportagens foram publicadas, com 1.430 fotos na mídia. Na telinha foram 235 horas de programação, 521 matérias foram ao ar. As imagens do Sertões foram vistas no Brasil e mais 40 países.

Fonte: VipComm Assessoria de Imprensa

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