Casa de Jorge Amado é novo atrativo aos turistas em Salvador

Editoria: Vininha F. Carvalho 27/11/2014

A Casa do Rio Vermelho, onde viveram os escritores Jorge Amado e Zélia Gattai, na rua Alagoinhas, número 33, em Salvador, passou por restauração e desde o último dia 14 de novembro está aberta para visitação ao público.

O espaço tem projeções de vídeos que apresentam trechos da obra do casal e vários depoimentos de pessoas que conviveram com eles, além de muitas fotos e objetos pessoais.

Jorge Amado é o escritor brasileiro mais vendido no mundo depois de Paulo Coelho, e o reconhecimento e a importância de suas obras são um atrativo a mais aos turistas brasileiros e estrangeiros que visitam a capital baiana.

Segundo dados da Demanda Turística Internacional do Ministério do Turismo, a cidade de Salvador é a sexta cidade mais procurada pelos estrangeiros que visitam o Brasil por motivo de lazer e entre as atividades mais procuradas pelos turistas estão às praias com 60,5% das preferências e em segundo lugar as atrações culturais da cidade com 21,6%.

A reforma do imóvel foi promovida pela prefeitura de Salvador e custou cerca de R$ 6 milhões, valor custeado pela administração municipal com a ajuda de empresas privadas através da Lei Rouanet.

A casa estará aberta às sextas, sábados e domingos, das 10h às 17h, e o ingresso custa R$ 20 (inteira) e R$10 (meia). Professores e estudantes das redes públicas estadual e municipal têm acesso gratuito.

O memorial de Jorge Amado e Zélia Gattai possui 20 ambientes temáticos, onde os visitantes podem acompanhar os vídeos, efeitos sonoros e hologramas, que contam a história do autor baiano e das obras, de forma interativa.

Ainda na visitação, as pessoas também têm acesso a documentos e cartas escritas por Jorge Amado e trocadas com personalidades nacionais e internacionais. No quintal da casa fica a Roda de Conversa onde estão exibidos depoimentos de famosos, amigos e familiares.

A Casa do Rio Vermelho era o local onde Jorge Amado e Zélia Gattai recebiam visitas ilustres como as do escritor chileno Pablo Neruda, e do compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador e violonista Tom Jobim, além de outras personalidades.

Ela ficou fechada durante 11 anos após a morte dos moradores ilustres e foi comprada por Jorge Amado em com o dinheiro da venda dos direitos do romance Gabriela, Cravo e Canela para o estúdio MGM, na década de 60.

Jorge Amado também têm na sua lista de obras os romances Capitães da Areia (1937), Dona Flor e Seus Dois Maridos (1966) e Tieta do Agreste (1977) todos eles adaptados para o cinema e a televisão.

O memorial foi inaugurado no dia 7 de novembro com a presença de autoridades locais, além dos filhos do casal, Paloma e João, e a atriz Sônia Braga, que interpretou a personagem Gabriela, na adaptação do livro para televisão em novela exibida em 1995 pela TV Globo e também foi a Dona Flor, no filme de Bruno Barreto.

Fonte: MTur / Claudia Sanz