Campanha Alerta Vermelho participou de atividades esportivas em prol dos botos

Editoria: Vininha F. Carvalho 08/09/2014

A Campanha Alerta Vermelho marcou presença em duas atividades esportivas em Manaus com apelo para a conservação dos botos da Amazônia, neste fim de semana.

No sábado(6/9), o boto inflável de 12 metros de comprimento esteve na Ponta Negra durante a Maratona Aquática do Amazonas, e, no domingo, os ativistas da campanha seguiram para o 1º Torneio de Pesca Esportiva Amigos do Tarumã.

Idealizada pela Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), a campanha busca impedir a matança do boto-vermelho (Inia geoffrensis), usado como isca para a pesca da piracatinga (Calophysus macropterus) também conhecida como douradinha.

Na Maratona Aquática, a réplica gigante do boto vermelho voltou à Praia da Ponta Negra para lembrar aos competidores e à população da importância de se proteger e conservar o mamífero aquático, que é um patrimônio da Amazônia.

No dia 27 de julho último, o boto gigante também esteve na Ponta Negra e no início desta semana, em Brasília, onde foi entregue a assinatura de 55 mil ativistas.

Eles que pedem o adiantamento da moratória da pesca da piracatinga prevista para iniciar em 1º de janeiro de 2015, com validade de cinco anos.

A campanha também estava junto com os pescadores esportivos do Brasil, no domingo, no 1º Torneio de Pesca Esportiva Amigos do Tarumã, no Sítio Recanto dos Curiós, com largada às 06h30 e chegada às 12h, no domingo (7/9).

O acesso terrestre ao sítio foi feito pela estrada da Vivenda Verde, enquanto água, o local fica quase em frente ao flutuante Peixe-boi.

Uma das peculiaridades da competição é o cunho ambiental, além do esportivo. Com trabalho em duplas, os participantes devem capturar três peixes e recolher a maior quantidade de lixo reciclável dispostos na orla do Tarumã-Açu.

Durante o evento, um estande com materiais informativos foi montado com o intuito de sensibilizar os participantes sobre a matança dos botos.

Pesquisadores afirmam que se a mortandade continuar na mesma proporção, em pelo menos 30 anos, a espécie pode desaparecer.

“As taxas reprodutivas baixas, o longo período de cuidado parental aliados à ameaça sem trégua dos caçadores, dos pescadores ilegais têm fragilizado a espécie”, explica a pesquisadora do Inpa e coordenadora do Projeto Boto do Inpa, Vera Silva.

Fonte: Cimone Barros