Parques Nacionais do Rio de Janeiro ganham destaque em obra literária

Editoria: Vininha F. Carvalho 13/12/2013

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lançaram na terça-feira (03/12), a partir das 19 horas, na Livraria Prefácio, no bairro de Botafogo, na Zona Sul, a obra Parques Nacionais do Rio de Janeiro: desafios para uma gestão social da biodiversidade.

O conteúdo sistematiza e traduz para o público em geral, as principais informações sobre os parques nacionais localizados estado do Rio de Janeiro, considerando a relevância ecológica dessas áreas, o contexto socioeconômico e os principais desafios para a gestão em cenários futuros.

O Rio de Janeiro possui cinco parques nacionais que foram alvos desta publicação: o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Parque Nacional da Tijuca, Parque Nacional da Bocaina, Parque Nacional de Itatiaia e Parque Nacional da Serra dos Órgãos.

Fruto de uma parceria entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o livro vem atender à necessidade de troca de reflexões, pensamentos e experiências relacionadas à gestão da biodiversidade em suas interfaces com a dinâmica social, a partir da realidade desses parques nacionais do Rio de Janeiro, em um contexto de país megadiverso biológica e culturalmente, como é o Brasil.

A inspiração surgiu da tentativa dessa construção coletiva, com base no movimento de integração do pensamento acadêmico com a gestão pública e da convergência para uma reflexão acerca de novas formas de interpretação da relação sociedade-natureza.

E a publicação vem ilustrar os conflitos e as tensões históricas decorrentes de uma concepção filosófica e de uma cultura institucional e política centralizadoras, baseadas na cisão entre sociedade e natureza.

Os parques nacionais do Rio de Janeiro representam verdadeiros "laboratórios" de novas práticas de gestão de áreas protegidas, dentro de uma perspectiva de governança democrática.

Assim, a discussão sobre a gestão de parques emerge como campo privilegiado e ilimitado para a geração de conhecimento e para a inovação teórica e metodológica, segundo um novo paradigma, no qual natureza e sociedade são indissociáveis.

A proposta compõe o Projeto Observatório de Áreas Protegidas, em desenvolvimento desde 2005 pelo Grupo de Pesquisa Biodiversidade, Áreas Protegidas e Inclusão Social - Programa Eicos/UFRJ/Lattes/CNPq (GAPIS).

Entre 2007 e 2009, por meio do apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), foram viabilizados dois subprojetos: Projetos Observatório de Parques Estaduais do Rio de Janeiro e Gestão Participativa de Áreas Protegidas e Inclusão Social no Estado do Rio de Janeiro.

A elaboração do livro Parques Nacionais do Rio de Janeiro Desafios para uma gestão social da biodiversidade também conta com o apoio da FAPERJ e representa a continuidade dessas ações já coordenadas pelo GAPIS, com abordagem neste momento nos parques nacionais.

A elaboração do livro contou, ainda, com material de pesquisa envolvendo a gestão pública inédito e ainda não editado para a sociedade fluminense.

A publicação buscou atender uma demanda recorrente dos gestores dos parques nacionais no Rio de Janeiro que têm participado ativamente do Observatório de Áreas Protegidas e que não haviam se sentido atendidos com a primeira publicação referente aos parques estaduais.

A publicação vem consolidar a importância desses parques no contexto do Estado, que irá inclusive protagonizar vários eventos internacionais como a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, que juntos reunirão milhares de expectadores e público interessado em visitar e conhecer as belezas naturais do Rio de Janeiro protegidas na forma de parques nacionais.

Fonte: ICMBio