Um Dia da Água sem água

Editoria: Vininha F. Carvalho 19/03/2014

Neste ano, o Dia Mundial da Água, 22 de março, será uma data para reflexão. A escassez desse recurso se tornou uma questão de alta relevância nos últimos meses.

O Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de 9 milhões de pessoas na Grande São Paulo, atingiu o nível de 15,8% da capacidade de operação, o mais baixo desde o início das atividades em 1974. Já o Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos, divulgado em 2013 pela Agência Nacional de Águas (ANA), aponta uma baixa nos reservatórios do Nordeste.

Segundo o documento, os 254 principais sistemas de abastecimento da região, com capacidade igual ou superior a 10 hm³, sofreram um decréscimo de 20,31% no volume de armazenamento em 2012, por causa dos baixos índices de chuvas.

A situação é preocupante, afinal estamos falando de um dos itens mais importantes para a sobrevivência humana e os reservatórios não são fontes inesgotáveis. Ou seja, chegamos ao momento em que todos precisam se conscientizar e preservar.

Para isso, simples gestos já podem contribuir, como evitar lavar calçadas com mangueiras, fechar a torneira ao lavar as louças ou reduzir o tempo no banho.

Outro ponto importante é a contribuição do setor industrial - maior usuário do País de água captada dos rios para atender os diversos usos, de acordo com Agência Nacional de Águas - e público com a implantação de sistemas de tratamentos de efluentes industriais e residenciais.

É importante ressaltar isso, pois quando não tratados de forma adequada, eles podem interferir diretamente na qualidade da água dos rios, lagos, represas e lençóis freáticos.

Para auxiliar nesse processo, empresas nacionais trabalham constantemente com o desenvolvimento de sistemas altamente eficazes e seguros.

O objetivo é manter a qualidade desse recurso disponível e evitar a contaminação. Como exemplos, temos o Cloro Gás e o Dióxido de Cloro, o DIOX®, para desinfecção de águas e esgotos. Eles são responsáveis pela melhoria da qualidade da água e a diminuição de doenças provocadas por micro-organismos.

Usar a água de forma racional vai muito além de manter as torneiras fechadas, é preciso pensar também em formas de tratamento, armazenamento e distribuição. Isso deve ser feito de forma conjunta, ou seja, sociedade civil, setores públicos e privado, contribuindo para evitarmos a escassez de um dos elementos mais preciosos da natureza.


Fonte: Elias Oliveira é Gestor Institucional da Beraca