A importância da eficiência energética

Editoria: Vininha F. Carvalho 06/06/2013

A cada dia os temas “eficiência energética” e “uso sustentável de recursos naturais” têm se tornando mais importantes. Em tese, oportunidade de eficiência no uso de energia e de água, em quaisquer situações, significa que há algum tipo de desperdício ou, ainda, uma maneira de otimizar sua utilização, e isso impacta também toda a sociedade.

No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 05 de junho, a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO) ressalta os benefícios da economia de energia e água para o meio ambiente e sustentabilidade.

No Brasil, o potencial de economia de energia é de aproximadamente 6% para as indústrias, 11% para o comércio e 15% nas residências.

Em termos de eletricidade, representa, na média, 10% do consumo de energia elétrica nacional, que significa 430 mil GWh (Giga Watt hora), com economia estimada em R$ 10 bilhões.

Coincidentemente, esses 15% também correspondem à energia gerada pelas usinas térmicas, que compõem nossa matriz energética, em uso atualmente, e que são extremamente poluentes.

“Trocar lâmpadas ajuda, mas, fundamentalmente, é importante identificar o funcionamento e uso de outras formas que possam ser mais econômicas. Por exemplo: como a roupa é lavada e seca, como a louça é lavada, quantas horas por dia o aquecedor funciona, se existe ou não uma ajuda solar”, afirma José Starosta, presidente da ABESCO.

Segundo Starosta, a própria rotina de uso ajuda a reduzir a energia e a garantir a manutenção dos equipamentos. “Geladeiras com borrachas não adequadas e sistemas elétricos e térmicos das indústrias que não estejam atualizados são grandes vilões em termos de eficiência energética. É preciso ficar atento e periodicamente fazer uma revisão dos componentes”, explica.

Para o presidente da ABESCO, a discussão deve ser ampliada para outras fontes de energia que, da mesma forma que a elétrica, são também desperdiçadas.

“No consumo de combustíveis ocasionado nos congestionamentos há grande quantidade de energia desperdiçada, sem que haja qualquer produção efetiva de trabalho. A falta de automação na maior parte das redes semafóricas contrasta com a capacidade que as prefeituras têm de auferir multas aos motoristas infratores.”

Sistemas obsoletos de água, térmicos e elétricos em indústrias e edifícios, cujos equipamentos funcionam com perdas e baixos rendimentos, comprometem também a qualidade do trabalho, dos produtos e do ambiente, como, por exemplo, a geração desnecessária de ruído, calor em escritórios e desgaste das instalações.

Por isso é tão importante investir nesta área. “Trata-se de um grande mercado de amplas oportunidades onde ainda há muito por fazer, seja com ações de comportamento ou de avanço tecnológico que possam ser aproveitadas”, conclui Starosta.

Fonte: Felipe Moraes