Água: cooperar para economizar

Editoria: Vininha F. Carvalho 04/04/2013

Esforços conjuntos trazem resultados mais consistentes e rápidos. Isso ocorre, também, quando se trata de preservar um dos mais valiosos recursos naturais, a água.

No período em que se comemora o Dia Mundial da Água – 22 de março -, é importante que se avalie a real dimensão do tema proposto pela Organização das Nações Unidas para 2013: Ano Internacional para a Cooperação pela Água.

O Brasil e o mundo enfrentam enormes desafios em relação aos recursos hídricos, tanto em termos qualitativos como quantitativos, e não há como pensar em soluções sem que haja colaboração entre os povos, governos, empresas e consumidores e sem que cada um faça a sua parte.

Este talvez seja o único caminho para que os cerca de 7 bilhões de pessoas que vivem na Terra possam usufruir de um bem indispensável à vida humana.

Sabe-se, entretanto, que esta cooperação é também um desafio para as sociedades. Transformar em realidade os projetos assumidos no papel nos âmbitos local, nacional, regional e internacional exige a participação dos setores público e privado, da sociedade civil e universidades. E mais do que meta, exige vontade, racionalidade e ação.

Estamos na Década Internacional para Ação “Água, Fonte de Vida” –2005 a 2015 – e se faz urgente acelerar as ações que promovam as melhorias.

Ainda hoje, diversas regiões do mundo sofrem pela falta de água potável, de serviços básicos de abastecimento de água e esgoto – por ineficiência ou devido à extrema pobreza – e pelas consequências de graves secas.

Prover acesso à água de qualidade e gerir as questões relacionadas aos recursos hídricos é essencial para o progresso econômico e social das nações, uma vez que permite proporcionar qualidade de vida da população, reduzir a pobreza, diminuir as taxas de mortalidade e os gastos com saúde pública e favorecer o desenvolvimento como um todo.

O que está às nossas mãos, entretanto, é a possibilidade de cooperar, fazer a nossa parte sem esperar a atitude de outros para economizar água e sem que isso dependa de políticas públicas.

Vale adotar desde hábitos mais básicos – como fechar as torneiras ao escovar os dentes e tomar banhos mais rápidos, passando pela revisão regular dos encanamentos – até a utilização de produtos que contribuam para a redução do consumo de água – dentre eles, metais e bacias sanitárias dotadas de válvula de acionamento de 3 a 6 segundos, eletrodomésticos como lavadoras de roupa com programas econômicos e lavadoras de alta pressão que, de acordo com o tempo de uso, resultam num consumo de água muito menor, se comparado a uma torneira comum, etc.

Da mesma forma, esta conscientização deve se estender aos responsáveis por todas as atividades, comerciais, industriais, agrícolas, etc.

De acordo com o “Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos”, estes setores correspondem a um percentual muito alto do consumo de água doce e têm, portanto, sérios desafios a enfrentar em relação às questões hídricas.

Sem dúvida, também se beneficiariam com ações cooperadas, o que poderia significar a diferença entre a ineficiência e prejuízo e produtividade e sucesso, com ganhos financeiros, humanos e ambientais.

Nunca é demais reforçar a necessidade de conscientizar as pessoas e buscar o comprometimento desde a infância sobre os cuidados com os recursos hídricos e meio ambiente, bem como sobre os benefícios de ações cooperadas em todas as etapas da vida. O espírito de cooperação deve ser plantado dentro de cada família e agindo proativamente contribuiremos para fazer a diferença.





* Antonio Luis Francisco (PJ) é Diretor Geral da JactoClean, referência nacional em equipamentos para serviços de limpeza.





Fonte: Antonio Luis Francisco (PJ) é Diretor Geral da JactoClean