Saneamento básico: uma questão de saúde e desenvolvimento

Editoria: Vininha F. Carvalho 19/03/2013

Quando falamos no Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, geralmente, pensamos na preservação e no consumo consciente para combater a escassez do recurso natural.

No entanto, uma questão tão importante e que nem sempre discutimos é a qualidade e o tratamento da água que consumimos.

Será que todos sabem que em 2004, por exemplo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 1,6 milhão de pessoas morreram por doenças relacionadas ao sistema inadequado de águas e esgotos?

O número é impactante e, se levarmos em consideração que já contamos com um sistema de saneamento básico há 30 anos no Brasil, essa já deveria ser uma realidade muito distante de nós.

Porém, a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que, dos 5.564 municípios brasileiros, 116 deles ainda não contam com abastecimento de água por meio de uma rede geral. A maior parte dessas cidades estão localizadas nas regiões Norte e Nordeste.

Consequentemente, ocorrem as doenças típicas de países em desenvolvimento, como a diarreia, que é apontada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Organização Mundial de Saúde como a segunda maior responsável pela morte de crianças menores de 5 anos de idade.

O fato ainda exige muita atenção, mas não se trata de um problema irreversível. Prova disso é a evolução registrada pelo IBGE, que entre os anos 2000 e 2008 apontou um crescimento do número de domicílios abastecidos pela rede geral de água de 30,8%. De acordo com o estudo, as regiões que mais evoluíram foram o Nordeste (39,2%) e Centro-Oeste (39,1%).

Nesse sentido, quando pensamos na desinfecção de água, é preciso analisar o trabalho feito por companhias do setor público e privado para combater o problema.

Afinal, existem muitas empresas engajadas em contribuir com a saúde da população e, para isso, trabalham com sistemas altamente eficazes e seguros.

Como exemplos, temos o uso do Cloro Gás, e do dióxido de cloro, o DIOX, para desinfecção de águas e esgotos. Trata-se de dois dos responsáveis pela melhoria da qualidade da água e diminuição de doenças provocadas por micro-organismos ao longo desses anos.

Agora, para os próximos anos, a missão nacional é erradicar o problema, investindo na conscientização e no aprimoramento de sistemas em todas as cidades brasileiras.

Para se ter uma ideia, de acordo com a OMS, a cada R$ 1,00 investido em saneamento, são economizados R$ 4,00 em saúde.

Por isso, esse é um trabalho que deve ser feito em conjunto, iniciativa privada e sociedade civil, em prol de um benefício maior: uma sociedade desenvolvida, livre de doenças, com mais qualidade de vida e, claro, um planeta mais limpo.



*Elias Oliveira é Gestor Institucional da Beraca – empresa brasileira que atua no setor há 56 anos - coordenador de Grupos de Trabalho da Abiclor (Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados)


Fonte: Elias Oliveira é Gestor Institucional da Beraca / Coordenador de Grupos de Trabalho da Abiclor