Pesquisa aponta que 84% dos profissionais gostariam de trabalhar fora do Brasil

Editoria: Vininha F. Carvalho 13/01/2012

Desde 2008, a economia mundial vem sendo assombrada pela crise financeira internacional, iniciada no mercado imobiliário e que teve repercussão em vários outros mercados.

Graças a medidas políticas tomadas especialmente em 2009 e 2010, o Brasil não está sendo diretamente afetado pela crise, ao contrário: a economia do país continua se mantendo e apresentando, inclusive, crescimento.

O curioso é que, mesmo com o Brasil mantendo-se estável e apresentando-se promissor perante à crise, 84% dos profissionais brasileiros desejam trabalhar fora do país. Isso é o que revela uma pesquisa realizada pela Trabalhando.com Brasil, feita com 308 trabalhadores. Desse montante, apenas 16% afirmaram não ter intenção de buscar uma vaga no exterior.

Dos profissionais que desejam uma oportunidade lá fora 14% prefere trabalhar na América Latina, 27% na Europa e 43% em qualquer outro parte do mundo.

Adquirir experiência internacional é sempre vantajoso para o currículo e para a vida. Quando se trabalha em um país, o profissional não adquire somente a experiência na função que ocupa durante esse período, mas também se desenvolve de outras formas.

“Trabalhar em outro país é uma excelente maneira de aprender e conviver com outra cultura, além de ser a forma mais eficiente de aperfeiçoar-se em outro idioma.”, aponta Renato Grinberg, diretor-geral da Trabalhando.com Brasil.

Entretanto, nem sempre uma oportunidade fora do país é a melhor escolha a ser feita. Para Grinberg, o profissional deve buscar o momento correto em sua carreira para fazer essa escolha.

“É necessário levar em consideração o que ele espera para sua carreira, se essa oportunidade internacional é realmente relevante para seus objetivos e se, de fato, terá o que agregar em termos de experiência e formação profissional. Ele não se deve deixar levar pelo encantamento e a grandeza de um possível emprego no exterior”, explica.

Para quem planeja buscar uma colocação profissional no exterior ou acaba de receber uma proposta, Grinberg dá algumas dicas:

1. Situação econômica do país: vale avaliar por qual momento financeiro o país está passando. Na Espanha, por exemplo, o índice de desempregado está em 22,6%. Pode não ser uma boa ideia se mudar para um país que não está conseguindo empregar seus habitantes;

2. Saúde financeira da empresa: faça uma pesquisa minuciosa sobre a empresa e verifique como está sua “saúde financeira”. Se mudar de país e a empresa decretar falência ou estar no meio de um processo judiciário grave pode ser um grande risco para você;

3. Direitos e deveres: avalie cuidadosamente todos os direitos e deveres que estão sendo proposto a você. As leis trabalhistas de outras países podem ser muito diferentes das brasileiras;

4. Salário (custo/benefício): é preciso checar se o salário é compatível ao necessário para viver bem no outro país, muitas vezes quando se converte o valor para a moeda brasileira a quantia parece alta, mas dependendo do país em que você terá de se instalar pode não ser suficiente.









Fonte: Flávia Ferreira