O Brasil se abaixa cada vez mais a cada nova exigência da FIFA

Editoria: Vininha F. Carvalho 05/12/2011

Existe um provérbio antigo que diz que quanto mais nos abaixamos, mais mostramos “determinadas partes”. Este provérbio se aplica com muita sabedoria ao que estamos vendo acontecer aqui no Brasil com relação à FIFA.

O Brasil se abaixa cada vez mais a cada nova exigência da FIFA, e a cada dia que passa, mais o problema aumenta e salta aos nossos olhos. Infelizmente, aqueles que deveriam acabar com esta situação ridícula, nada fazem e estão coniventes com esta vergonha.

A FIFA dita suas leis, como é o caso do projeto de Lei 2.330/11, enviado ao congresso para aprovação, e conhecido como Lei Geral da Copa, acima das leis do nosso país. De que vale uma constituição, se uma simples federação de futebol pode mudá-la a seu bel prazer?

De que valem os discursos de nossos governantes, se estão entregando o país a este grupo externo? O Código de Defesa do Consumidor, o Estatuto do Idoso, o Estatuto do Torcedor e muitas outras conquistas do povo brasileiro estão sendo jogadas no lixo, uma vez que a FIFA está acima de tudo durante este período obscuro em que viverá o Brasil.

Até a Polícia Federal terá que passar os poderes de controlar a entrada e saída de nosso país para a soberana FIFA, que passa a fornecer ou vetar as credenciais de entrada e trabalho no país, numa clara afronta à nossa legislação.

A venda de bebidas alcoólicas em estádios será permitida durante os jogos e a FIFA controlará todos os pontos de venda. Nunca vimos uma situação de tantos desmandos nas nossas leis como a que estamos assistindo agora.

Estou envergonhado e profundamente decepcionado com todos aqueles que estão entregando o Brasil de uma forma tão descarada e despudorada. Como sou um otimista, acredito que ainda possa aparecer um líder de fato, que mande a FIFA se colocar no seu devido lugar ou que vá embora de uma vez com sua Copa e tudo o mais e suma de nosso país.

Um povo que apesar de pagar impostos altíssimos, não tem segurança, educação, estradas, hospitais e outras necessidades básicas, merece um pouco mais do que algumas partidas de futebol. Tenho certeza de que muitos brasileiros, assim como eu, estão revoltados com esta situação.

Fonte: Célio Pezza é escritor e autor de diversos livros