A especialização das Agências de Turismo

Editoria: Vininha F. Carvalho 27/10/2009

As agências de turismo têm muito a agradecer à cotação do dólar, pois estando mais valorizado o real as pessoas tendem a viajar com maior frequência. Como se não bastasse, ainda tem agências que se especializaram em atender só deficientes e assim contam com um nicho de oito milhões de pessoas deficientes assumidos só no Brasil (conforme dados do IBGE).

Ora temos que invejar estas agências que se especializam em alguma classe, e hoje isto é o que mais vemos. Vemos também atualmente turismo para deficientes, ecológico, para a terceira idade, para casais jovens, etc. A idéia é brilhante e com a cotação atual do dólar este é um dos setores mais aquecidos da economia.

A indústria do turismo é, atualmente, o setor da economia produtiva que mais se expande em todo o mundo. Sómente em 1998, a indústria de viagens e lazer, segundo a Organização Mundial de Turismo – OMT, movimentou, em todo o mundo, mais de 635 milhões de pessoas, universo que injetou na economia uma cifra superior a US$ 439 bilhões.

Essa mais do que expressiva movimentação financeira, resultante da contínua expansão da atividade turística ao longo desta década, vem possibilitando aos setores público e privado desenvolver novos produtos, destinados a atender aos anseios e às necessidades dos diferentes segmentos que conformam o mercado consumidor.

Em virtude da multiplicação de nichos específicos de mercado, a indústria do turismo vem sendo submetida, no entanto, a exigências inúmeras. Muitas delas sequer imaginadas há até poucos anos.

Assim, torna-se fundamental adequar os produtos e serviços que formam a cadeia produtiva da indústria turística às necessidades objetivas e imediatas de segmentos específicos da população que, por razões diversas, ainda sofrem limitações para a prática do turismo.

Consciente de que os portadores de deficiência não são atendidos em suas necessidades mais elementares pela indústria brasileira do turismo, a Embratur, pioneiramente, delegou a um corpo de especialistas a tarefa de elaborar um inédito trabalho técnico no âmbito das atividades turísticas.

Obra desde já obrigatória, este manual de acessibilidade é um guia preciso, seguro, que permitirá aos empreendedores do setor de viagens e lazer contemplar os seus equipamentos com as indispensáveis facilidades que garantirão, afinal, plena cidadania a quem até hoje, em virtude de conviver com condições físicas especiais, sejam elas momentâneas ou definitivas, não teve o direito de ter acesso aos bens

Com este tipo de manual, o turismo para deficientes vai deixar e ser um grande desafio a esta classe.

Autoria: André Paioli, advogado do escritório Fernando Quércia Advogados Associados

Fonte: Danielle Flöter