Para inovar é preciso ser um bom líder !

Editoria: Vininha F. Carvalho 24/09/2009

Inovação é um termo para descrever como as organizações em geral (privadas, públicas ou do terceiro setor) criam valor desenvolvendo conhecimento novo, transformando o já existente, mas de modos diferentes. É freqüentemente usado para descrever o desenvolvimento de novos produtos/serviços ou processos calçados na tecnologia. No entanto, as organizações podem também de destacar com inovações em técnicas de gestão ou modelos de negócio.

James March, prêmio Nobel em 1991, utiliza a perspectiva da aprendizagem organizacional para distinguir as inovações que provém de conhecimento inédito e as que buscam novas maneiras de explorar o conhecimento já existente.

Para ele, as empresas com foco em novos conhecimentos se destacam, pois atendem aos mercados existentes ou ultrapassam as expectativas criando novos nichos, produtos e serviços.

Podemos afirmar que as organizações que se tornaram líderes, e continuam mantendo-se assim, optaram pela excelência não apenas nas dimensões custo e qualidade, mas especialmente, pela excelência na Gestão da Inovação.

E o que não faltam são exemplos, dentro e fora do Brasil como a Cia. Athlética, Fiat, Google, InBev, Michelin, Microsoft, Nestlé, Odebrecht, Pirelli, Rigesa e Souza Cruz, dentre outras. Vale dizer que estas líderes, como poucos no universo empresarial, aprendem continuamente a definir estratégias vencedoras para pessoas, processos, ambiente e tecnologia, ou seja, as quatro dimensões da inovação.

Frente a isto, devemos nos preocupar com o que é exigido daqueles que estão (ou pretendem estar) à frente de organizações que optaram por uma estratégia de inovação, pois o perfil e desempenho que deles se espera é, no mínimo, “especial”. Além disto, não devemos nos esquecer que há muito estamos em tempos marcados por fortíssima turbulência e por mudanças radicais em alta velocidade, e assim continuaremos.

Na medida em que os desafios da inovação aumentam de tamanho e tornam-se cada vez mais singulares, algumas importantes perguntas devem ser feitas e consideradas como parte da permanente auto-avaliação de empresários e empreendedores bem como daqueles profissionais em posições de liderança:


* Tenho uma visão clara dos objetivos que minha empresa quer atingir por meio da inovação?

* Estou pronto e apto (conceitualmente) para esta empreitada e sei como ajudar minha empresa a chegar lá?

* Sei como lidar com a incerteza?

* Sou tolerante ao estresse e tenho o vigor e a disposição necessários para atingir os referidos objetivos?

* Sei o que devo fazer para ampliar minha capacidade de aprendizagem permanente?

* Sou tolerante ao risco (inclui o aprendizado decorrente de erros) e sei fomentar isto em minha equipe?

* Sei o que é ser flexível e fomento isto em minha equipe?

* Sei o que é ser inovador e sei como fomentar o espírito inovador em minha equipe?

* Sei como lidar com a diversidade? Sei como construir uma equipe cuja marca seja esta?

* Sou um “agente de mudanças”? Sei como desenvolver criar gerentes especialistas que também sejam verdadeiros agentes de mudanças? Sei como criar agentes de mudanças na “base da pirâmide”?

Gestores interessados e saber mais sobre os processos de inovação e como aplicá-los podem contar também com literaturas sobre o tema: “Gestão da Inovação”, de J. Tidd, J. Bessant e K. Pavitt, Ed. Bookman e “Usina de Inovações”, de Valter Pieracciani, Ed. Canal Certo.


Autoria: José Hernani Arrym Filho - empresário e sócio da Pieracciani

Fonte: Guilherme Bartimarchi