Ação coletiva estimula a medição individualizada da água em condomínios para o consumo racional.

Editoria: Vininha F. Carvalho 24/03/2009

No Dia Mundial da Água, comemorado no domingo, dia 22/03, a Universidade da Água (Uniágua), a Sabesp e a multinacional Techem, líder absoluta no Brasil em monitoramento e consumo de água, promoveram, com o apoio da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, uma ação coletiva sobre a importância da medição individualizada da água em condomínios para o consumo racional. O evento contou com a participação do secretário de Participação e Parceria, Ricardo Montoro.

Promotores, educadores socioambientais e os mascotes “Gotilde” e “Pingote” estiveram presentes no local, junto a um caminhão-pipa e monitores da Sabesp, distribuindo copos de água e a cartilha “Medição Individualizada – Água. Use com Sabedoria”, que trata da Medição Individualizada na campanha em 2009. A partir da publicação, desenvolvida pela ONG Universidade da Água e a Techem, a equipe esclareceu a população sobre a função, procedimentos e relevância da iniciativa.

Além disso, foi realizada pesquisa de opinião com cerca de 700 pessoas presentes do Parque sobre medição individualizada de água.

“O evento superou as nossas expectativas, pois contou com uma participação ainda maior que no ano passado”, afirma o diretor-geral da Techem, Eduardo Lacerda. Segundo ele, os primeiros resultados da pesquisa apontaram que cerca de 80% das pessoas acham fundamental ter medição individualizada de água no momento da compra de imóvel.

Para o presidente da Universidade da Água, Gilmar Altamirano, a ação foi bastante positiva, pois as pessoas mostraram grande interesse em conhecer as ferramentas para economia de água. “Percebemos que a população não quer apenas economizar água, mas também conhecer as ferramentas disponíveis para isso”, diz ele.

Para as instituições, a Medição Individualizada da água em condomínios residenciais e comerciais, horizontais ou verticais, vai além da justa divisão das despesas, pois induz ao uso consciente.

“Quando cada unidade se responsabiliza por seu consumo, a tendência é que haja menos desperdício e que cada unidade se conscientize de seu papel no coletivo”, afirma Eduardo Lacerda.

A prática, comum na Europa há mais de 50 anos, sendo obrigatória em diversos países, é de responsabilidade municipal no Brasil. Cidades como Recife e Brasília já instituíram a obrigatoriedade e em São Paulo o projeto de lei aguarda sanção. A ANA (Agência Nacional das Águas) estima que 5.000 condomínios utilizam o sistema, sendo 1.200 deles em São Paulo.

Segundo o know-how da Techem, que desde 2006 já instalou mais de 20.000 pontos de hidrômetros individuais, cada unidade pode economizar até 40% em seu consumo de água, pois em um edifício com 100 apartamentos, por exemplo, 70 proprietários pagam pelos gastos de 30. Além disso, os pequenos vazamentos, responsáveis por grande parte do desperdício, podem ser diagnosticados com precisão, dado o alto grau de confiabilidade do sistema.

Para instalar o sistema, o imóvel pode estar em fase de construção ou finalizado, desde que tenha um sistema hidráulico que o viabilize. A decisão é responsabilidade do condomínio, que deve avaliar entre as tecnologias disponíveis no mercado qual oferece a melhor experiência e idoneidade, para evitar que o desempenho de distribuição de água do condomínio seja prejudicado, gerando pontos de consumo sem pressão, vazamentos e medição imprecisa.

Dentre as tecnologias disponíveis, a mais moderna é o sistema de rádio freqüência, utilizada pela Techem. Com a precisão que oferece, há economia tanto na esfera unitária, quanto na coletiva, pois os dados individuais e das áreas comuns são apresentados separadamente e com objetividade. Outra vantagem é a segurança e conforto do cliente, já que dispensa a entrada de um técnico no imóvel para a leitura.

Desde 2009, a Sabesp disponibiliza o serviço de emissão da conta individual, desde que os hidrômetros estejam dentro do padrão estabelecido.

Além disso, é importante que os profissionais responsáveis pela gestão do condomínio (zeladores, síndicos, gerentes) estejam comprometidos com a educação socioambiental.

“A medição individualizada, é uma recurso que oferecemos para o consumo racional. As lideranças de cada condomínio devem estar comprometidas com medidas de conservação e mobilização da comunidade, estabelecendo ações potencializadoras como, por exemplo, as metas de redução”, complementa Lacerda.


Fonte: Communica Brasil