Decoração sustentável prioriza o maior aproveitamento possível de luz natural

Editoria: Vininha F. Carvalho 16/03/2009

O consumidor brasileiro já encontra no mercado uma série de produtos e soluções capazes de proporcionar para sua residência uma decoração sustentável – ou seja: ecologicamente correta. “A proposta de uma decoração sustentável inclui desde o projeto de construção ou reforma de uma casa, como a escolha correta de materiais alternativos, até a opção por móveis, eletrodomésticos e outros produtos que proporcionem benefícios reais ao meio ambiente”, afirma Marina Otte, designer de móveis da Butzke, além de arquiteta e designer especializada em decoração sustentável e mestre em Engenharia Ambiental.

Um dos primeiros passos é planejar o maior aproveitamento possível de luz natural no interior da casa e, com isso, economizar energia elétrica.

“A partir de um estudo sobre a incidência da luz solar no imóvel, é possível usar recursos como janelas mais amplas, clarabóias e paredes feitas com tijolos de vidros para aumentar a iluminação interna”, explica Marina. Para evitar que o interior fique quente demais, e provoque um aumento no consumo de ar-condicionado, uma boa dica é a utilização de películas nos vidros.

Outro recurso interessante é o uso de leds complementando a luz natural. Embora com uma eficiência energética menor do que as lâmpadas convencionais e um custo superior, esse tipo de lâmpada consume menos energia e ainda oferece uma vida útil muito superior.

“Além disso, os leds proporcionam um efeito decorativo muito interessante e aconchegante para compor os ambientes”, acrescenta a designer da Butzke. Já as lâmpadas fluorescentes podem substituir com vantagens a iluminação convencional, pois duram mais, consomem menos eletricidade e, hoje em dia, já estão disponíveis em várias formas e nas cores branca e amarela.

O uso da energia solar, como complemento às necessidades da residência, já é uma realidade. E não é obrigatória, apenas, a utilização de grandes placas de aquecimento solar no telhado. “É possível, por exemplo, instalar uma pequena placa para esquentar exclusivamente a água da pia da cozinha”.

Com o mesmo objetivo de racionalizar o consumo de energia elétrica, o consumidor também deve preferir eletrodomésticos com selo Procel. O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) foi criado pelo governo para ajudar o público a escolher os produtos que apresentam alta eficiência energética.

Economia de água:

A economia de água é outro ponto importante. Existem soluções simples que podem trazer grande economia, como torneiras com temporizador e válvulas inteligentes com dois tipos de acionamento para os vasos sanitários.

“O uso de vasos com caixa acoplada também ajuda muito na economia de água. Atualmente, os fabricantes já oferecem modelos de caixas mais modernos e com diversas cores para compor com a decoração do banheiro”, diz Marina Otte.

Partindo para a decoração interna, procure materiais alternativos e com benefícios reais em comparação a outros. Em sua decoração, procure produtos de duas frentes: aqueles que para sua produção geram menos impactos e resíduos e aqueles que aproveitam como matéria prima resíduos, diminuindo a quantidade destes nos aterros e lixões.

Da primeira "frente" tem-se os materiais alternativos como: bambu, muito resistente e decorativo; ladrilhos hidráulicos, que não são queimados; tintas com base de água, que não emitem gases nocivos, entre tantos outros.

Já os ecomateriais que utilizam elementos descartados, resíduos e passíveis de uso para decoração e construção são, entre outros: pastilhas de coco, utilizadas para revestimentos em geral; telhas ecológicas, feitas à base de fibra vegetal ou a partir de tubos de creme dental; chapas de embalagens de longa vida, resistentes à umidade e ao calor; madeira e outros materiais de demolição; piso à base de pneus, que pode ser usado para pisos esportivos, diminuindo o impacto das atividades físicas, e nas áreas de lazer domiciliares; e tapetes feitos com fibras obtidas em garrafas pets.

“Ao invés de trocar um piso de madeira antigo por um novo, o consumidor pode, por exemplo, restaurar o antigo e inclusive mudá-lo de cor por um custo bem mais baixo do que adquirir um novo”, exemplifica a designer.

Madeira certificada:

A verificação da procedência dos móveis e objetos de decoração também deve ser uma rotina para o consumidor. Um bom exemplo é a questão da origem da madeira utilizada na mobília. “O consumidor deve exigir do vendedor a certificação do produto”, aponta Marina.

A Butzke, um dos maiores fabricantes de móveis para o lazer da América Latina, foi a primeira empresa de móveis brasileira a receber a certificação FSC, em 1998, e é, ainda hoje, a maior indústria de móveis da América Latina a produzir 100% dos seus móveis com madeira certificada.

A certificação FSC é o selo verde mais respeitado no mundo, que garante que as matérias-primas de origem florestal foram extraídas respeitando a natureza. A linha de produtos Butzke inclui bancos, sofás, poltronas, cadeiras, mesas, espreguiçadeiras e uma série de acessórios e complementos com diferentes acabamentos.


Sobre a Butzke:

Instalada no município de Timbó (SC), a Butzke produz uma linha completa de móveis voltados para áreas externas e de lazer para os mercados interno e externo. Atualmente, a empresa exporta seus produtos para dezenas de países de todos os continentes. Sua fábrica atual, construída em 2002, conta com 10.000 metros quadrados e emprega mais de 250 funcionários.





Fonte: Eduardo Sanches / g6 Comunicação Corporativa