Editoria: Vininha F. Carvalho 23/07/2008

Em evento fechado realizado no Rio de Janeiro, a comissão Rio 2016, Cidade Candidata, realizou um seminário para falar sobre a importância da Hotelaria para a realização dos jogos olímpicos e para olímpicos de 2016 e assinar um protocolo de intenções. Para se ter uma idéia da importância do setor nessa decisão, a parte de hospedagem é eliminatória, ou seja, se o Rio de Janeiro não atender as exigência é de cara eliminado.

Abrindo o evento, Carlos Arthur Nuzman, Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (Cob) falou sobre a importância do Rio ter sido escolhido como Cidade Candidata uma vez que representa os países das Américas que nunca tiveram jogos. Nuzman destacou o evento para indústria de turismo, uma das mais beneficiada com a realização dos jogos.

Citou como exemplo a Austrália que mesmo antes da realização dos jogos sediou os maiores eventos do mundo. Nuzman também lembrou o enorme empenho das autoridades políticas federais, estaduais e municipais para a realização dos jogos.

Os jogos olímpicos são a maior operação logística em tempos de paz. São cerca de 10500 atletas, 205 países envolvidos, 16 dias de jogos, 302 eventos e 39 modalidades envolvidas. È a primeira vez que uma cidade brasileira chega ao estágio final da competição. Os jogos olímpicos são um indutor de transformação, proporcionando para o país um grande impacto e a oportunidade de reapresentação para o mundo, como Tóquio, em 64, destruída saindo da guerra e, o exemplo clássico, Barcelona e Pequim 2008, onde a China está se reapresentando para o mundo.

"A década que se inicia, coroando com a Copa do Mundo, é a oportunidade do Brasil mostrar uma nova cara para o mundo" completou Nuzman

Em 12 de fevereiro de 2009 haverá a entrega de um dossiê com uma série de documentos, principalmente no setor de hospedagem. Entre os concorrentes, Madrid, Tóquio e Chicago, o Rio de Janeiro é o que oferece o maior valor agregado e os jogos poderão ser realizados dentro do perímetro urbano da cidade.

No entanto, o Rio de Janeiro precisa efetivar três investimentos pesados: Revitalização do Porto e investimentos na Leopoldina, Maracanã e Centro. O Comitê Olímpico Internacional (COI) exige que a cidade que sede dos jogos tenha 40 mil quartos.

A solução encontrada pelo COB foi dividir a hospedagem da seguinte maneira:

Hotéis – 23.445 quartos

Vila Olímpica - 17.500 quartos

Vilas de Mídia – 9.196 quartos

Vilas de árbitros – 2.800 quartos

Porto/ 3 navios – 3.096 cabines

Abaixo, a capacidade hoteleira de cada candidata:

Tóquio - 109.090 quartos

Chicago - 75.062 quartos

Madrid - 40.472 quartos

Rio de Janeiro - 23.445 quartos