Sol, piscina e todo cuidado para não estragar a diversão das crianças

Editoria: Vininha F. Carvalho 24/10/2007

A piscina é hoje uma fonte de diversão bastante disseminada. Além de equipamento indispensável em clubes, hotéis e pousadas, está também nas casas e nos condomínios. Até mesmo escolas possuem piscinas e existem balneários públicos democraticamente abertos a todos. Mas o uso saudável da piscina exige cuidados básicos para garantir diversão sem contratempos.

A advogada Ieda Maria Andrade Lima, voluntária da ong Férias Vivas, lembra que as crianças, em especial, adoram uma boa bagunça na piscina. E justamente por isso há muitos pontos que merecem a atenção de pais, educadores e médicos.

Falar em piscina é pensar na prática da natação, bastante utilizada por desenvolver a sociabilidade, o espírito de equipe e esportivo, bem como a coordenação motora, já que trabalha a sincronia dos movimentos dos membros superiores e inferiores. Práticas esportivas e de lazer desenvolvidas na piscina colaboram com o equilíbrio, a resistência anaeróbica e aeróbica.

Mas, calor e água também remetem ao bronzeado. Nas piscinas coletivas, como em clubes, prédios ou demais centros esportivos, é proibido usar protetores solares e bronzeadores, já que a oleosidade desses produtos impermeabiliza os filtros, que passam a operar fora dos padrões normais e, aos poucos, deixam de filtrar a água com eficiência, prejudicando o próprio banhista. “Entretanto, a criança não pode ficar desprotegida. É necessário administrar essa dualidade conflitante, retirando o filtro solar quando a criança entrar e repassando-o quando a criança sair da piscina”, sugere a voluntária.

Para Ieda, o cuidado, vigilância e orientação das crianças são itens de segurança necessários a qualquer atividade, mas se restringindo ao uso da piscina e ao cuidado com o calor, que já se faz forte, listou uma série de medidas.

“Os pais devem considerar todas essas dicas e participar das brincadeiras com seus filhos, o que vai resultar em proteção e muita diversão”, garante.


Dicas de proteção:

- evite expor a criança ao sol das 10 da manhã às 3 da tarde. Nesse horário, os raios ultravioletas estão perpendiculares à Terra, ou seja, o caminho entre a atmosfera e a superfície terrestre é menor e os raios chegam mais agressivos, podendo causar lesões graves, especialmente na pele delicada dos "baixinhos";

- uma boa ducha é importante para livrar o corpo e, conseqüentemente, a piscina, do suor e da poeira. Já o lava-pés tem a função de fazer a higiene dos pés com água clorada, eliminando fungos e bactérias causadores de micoses;

- cuidados também na alimentação. Evite dar à criança, antes de entrar na piscina, alimentos considerados pesados, como carne vermelha, por ser de difícil digestão e possuir muitas toxinas. Frutas, legumes e verduras são liberados, mas é bom aguardar, ao menos, 40 minutos. Prefira os alimentos crus, por serem leves e conservarem melhor as vitaminas. Mantenha a criança hidratada. Sucos naturais e água são os mais indicados;

- verifique sempre a profundidade da piscina e avalie se "dá pé" para seus filhos;

- em clubes, balneários, escolas, hotéis etc exija a presença de salva-vidas e, nas piscinas particulares, um adulto que saiba nadar bem deve estar presente e vigilante;

- nunca deixe crianças brincando na piscina sem um responsável por perto;

- é importante providenciar que a criança aprenda a nadar, mas tenha consciência de que algumas aulas de natação ou o nado "cachorrinho" não asseguram que possa ficar sozinha;

- não permita que corram perto da beira da piscina, empurrem outra pessoa ou brinquem de afundar dentro da água;

- faça com que a criança prenda os cabelos compridos em "coque" ou utilize touca. Não resolve prendê-los como "rabo de cavalo". Há perigo de sucção pelo ralo ou pela saída de água de hidromassagem;

- crianças pequenas ou que não saibam nadar muito bem devem usar bóias salva-vidas adaptadas ao seu tamanho; evite bóias infantis tipo "pneus", pois não garantem a permanência da criança à tona;

- não use garrafas ou recipientes de vidro no ambiente da piscina;

- nunca deixe a criança usar a piscina enquanto estiver em manutenção, especialmente em filtragem;

- trampolim só é adequado para piscinas com profundidade superior a 3,5 metros, o mínimo necessário para amortecer o salto. Profundidade menor pode levar a acidentes sérios. Atente ainda para os escorregadores e tobogãs. Devem ser fiscalizados pelos pais. É importante que apenas uma pessoa de cada vez utilize o brinquedo, pois ocorrem com freqüência acidentes quando uma criança, ou mesmo um adulto, cai sobre o outro, acertando-lhe, com os pés, a nuca ou os dentes;

- em tempestade ninguém deve entrar na piscina. A água atrai raios;

- para maior segurança às crianças, deve-se cercar e cobrir a piscina com redes de proteção.

Fonte: Accesso Assessoria de Comunicação

Endereço: