Editoria: Vininha F. Carvalho 05/07/2007
Mais uma vez a cidade histórica abre as portas para receber os visitantes da FLIP - Festa Literária Internacional de Parati. Entre os dias 4 e 8 de julho as ruas de pedra do centro histórico é palco de encontros entre leitores, escritores e visitantes da Festa.
Situada a 303 km de São Paulo e a 235 km do Rio de Janeiro, a bela cidade de Parati está pronta para receber os visitantes da FLIP - Festa Literária Internacional de Parati. Durante os quatro dias de evento, a cidade respirará cultura, mas não deixará seu lado romântico e bucólico de lado.
Quem estiver por lá poderá se deliciar com encontros literários, belas praias, ilhas paradisíacas e shows de música. No final do dia, aproveite o cenário arquitetônico para um bom passeio e uma boa cerveja.
Desde a primeira edição, em 2003, o crescimento da Festa Literária está intimamente ligado à vida e às necessidades da cidade. A importância da FLIP para o município vai além da economia. Para o prefeito de Parati, José Carlos Porto Neto, muito mais importante que a fomentação do turismo na cidade é a transformação cultural pela qual ela passou desde a primeira edição da FLIP.
“Hoje as crianças discutem literatura nas ruas, nas escolas e entre amigos. Antes isso não acontecia e agora, lêem e discutem Jorge Amado, por exemplo”.
Ainda de acordo com Zezé, como o prefeito é chamado, a Festa deu um impulso muito grande para o turismo, já que os visitantes agora circulam na cidade pelo ano inteiro.
“O aumento do turismo gera empregos, aumenta a renda e fomenta a economia”, explica.
Artistas locais, comerciantes, hoteleiros e donos de restaurantes acolhem a FLIP, que por sua vez, mantém os habitantes locais ativamente envolvidos. Por tudo isso, a FLIP se destaca de outros encontros literários contribuindo para essa atmosfera alegre e calorosa que tem caracterizado esse grande evento.
Para continuar atraindo turistas, principal fonte de renda do município, a prefeitura está cada vez mais preocupada com a preservação e tem fechado parcerias com a Associação Casa Azul, que trabalha pelo desenvolvimento sustentável de Parati.
Atuando em projetos de revitalização urbana, como na conservação do patrimônio cultural, a associação fechou parceria com a prefeitura para a arrumação da praça matriz. “O diferencial de Parati é a preservação”, lembra o prefeito.
O que Parati tem a oferecer?
Quem visitar a cidade colonial irá se surpreende pelo ótimo estado de conservação de seus monumentos históricos. Além de passear pelas belas ruas de pedra (conhecidas por pé-de-moleque), quem for a Parati também poderá apreciar suas belezas naturais. Cercada por Mata Atlântica, em sua área encontram-se o Parque Nacional da Serra da Bocaina, a Área de Proteção Ambiental do Cairuçú, onde está a Vila da Trindade, a Reserva da Joatinga, e ainda, faz limite com o Parque Estadual da Serra do Mar.
Os amantes da natureza poderão fazer passeios ecológicos, praticar esportes de aventura, explorar cachoeiras, ir até o Morro do Forte e trilhar o famoso Caminho do Ouro. Já para quem gosta de aproveitar dias de sol, Parati oferece 300 lindas praias (as mais famosas são a do Sono e a Vila de Trindade) e 65 ilhas paradisíacas, que podem ser visitadas de barco. Outra opção é o curso básico de mergulho, com duração de cinco dias com aulas teóricas e práticas.
Quem estiver na cidade também poderá aproveitar a estadia para saber mais sobre o processo de fabricação das famosas cachaças locais e degustá-las. Durante o século XVIII, a cidade colonial chegou a ter mais de 250 engenhos de cana-de-açúcar, sendo considerada sinônimo de boa aguardente.
Com o cair da noite, as ruas se enchem de gente e ficam todas iluminadas. A cidade oferece o melhor da culinária internacional, juntamente à saborosa cozinha caiçara. São diversos restaurantes, choperias, bares, sorveterias e docerias para escolher. Pelas atrações de Parati já passaram estrelas como Mick Jagger, Tom Cruise, Catherine Deneuve, Gisele Bündchen entre outros.
Passeando pela cidade será possível ver exposto nas ruas os ricos trabalhos artesanais feitos pela comunidade local. A atividade é passada de geração a geração principalmente entre as mulheres das famílias e é um complemento da atividade básica (pesca e lavoura) do caiçara. Os produtos mais tradicionais do artesanato paratiense são: artesanato em tecido, em madeira, em fibras vegetais e em papier maché.
Para quem gosta de artesanato, vale a pena conferir o trabalho de três artistas, nascidos e criados em Parati, cujas obras tratam de temas locais: Dalcir Ramiro, Lucio Cruzz e Julio Paraty. O visitante também poderá conferir mais trabalhos nos ateliês Aécio Sarti, Amarante, Armahazem Santo Antônio, Arte em Cacos, Atelier Aracati, Atelier 18, Atelier M. Rendeiro, Atelier Patrick, Inke Atelier, Grupo da Terra, Márcio Franco, Marmarana, Navegare Design, Oca, Paris-Parati, Paulo Gomes, Pris Pros, RedHaus Atelier, Renata Rosa, Studio Bananal, Studio Wado, Terra e Tal, Traço e Tramando Arte.
Quem quiser desfrutar dessa bela cidade contará com enormes opções de hospedagem e que atendem a todos os bolsos. O visitante poderá escolher entre pousadas, hotéis, campings, Bed & Breakfast e até imóveis para locação em temporadas.