Sacolas biodegradáveis começam a ganhar espaço no mercado

Editoria: Vininha F. Carvalho 02/07/2007

A Rede de Farmácias SESI está substituindo suas sacolas plásticas comuns por oxi-biodegradáveis e lança a sacola 100% algodão. A iniciativa da substituição representa uma redução no tempo de degradação do material em cerca de 100 anos, diminuição da quantidade de lixo que fica depositada no ambiente e preservação das reservas de petróleo, material fonte dos plásticos comuns.

A iniciativa faz parte da responsabilidade social corporativa do SESI/SC e foi lançada em junho, mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente.

Como a Rede de Farmácias do SESI do Estado realiza 600 mil atendimentos mensais, a troca de produtos, considerando apenas o tempo de degradação, já representa uma diferença de um século por sacola distribuída, no impacto ambiental. Embora tenha aparência física semelhante ao plástico comum, o oxi-biodegradável recebe em sua composição um aditivo que faz com que o plástico seja reintegrado totalmente ao meio ambiente no período de 6 meses a 2 anos. Além disso, o petróleo é preservado porque este plástico oxi-biodegradável utiliza plástico reciclado.

O SESI/SC é uma das 150 empresas brasileiras que utilizam o plástico biodegradável, um número ainda pequeno se comparado à utilização do plástico comum. Por ano são produzidas 210 mil toneladas de plástico filme (das sacolas comuns), o que representa 9,7% de todo o lixo no país.

Como 90% das sacolas plásticas vão para o lixo, conforme estatísticas divulgadas pela Revista Ciência do Ambiente On Line, geram problemas adicionais como entupimento de bueiros, dificuldade no escoamento da água da chuva e enchentes. Quando são levados para lixões e aterros sanitários, formam uma camada impermeável que prejudica o processo de biodegradação da matéria orgânica.

Outra ação de responsabilidade social corporativa da Rede de Farmácias SESI/SC, também para preservar o meio ambiente, é o lançamento da sacola ecológica confeccionada em 100% algodão. O objetivo é substituir a sacola plástica sempre que possível.

“É uma sacola resistente, dobrável e lavável, que pode ser carregada na bolsa ou no carro. Ela pode ser utilizada nas compras de qualquer estabelecimento comercial, diminuindo consideravelmente o consumo de plástico. Ações como essa, tiveram Joinville como cidade precursora do país”, explica o superintendente do SESI/SC, Sergio Gargioni.

Ações Globais:


Vários países tomam iniciativas quanto à produção e ao gasto descontrolado de sacolas plásticas. A Irlanda foi a pioneira a agir nessa direção, em 2002. Ela criou o Plastax, um imposto que cobra 0,15 € por cada sacola distribuída.

O valor arrecadado é revertido em projetos ambientais. Cidades alemãs também cobram os sacos plásticos do consumidor. São Francisco é a primeira cidade norte-americana a aprovar um projeto de lei que impede o uso de sacolas plásticas por grandes redes de supermercados e farmácias.

A medida, que ainda depende da sanção do prefeito, deve reduzir o consumo de petróleo da cidade em 3 milhões de litros por ano. Na Espanha, Polônia, Brasil e França a distribuição das sacolas plásticas comuns é gratuita, mas já há um movimento para tentar substituir por plásticos biodegradáveis. A Itália e a França, até 2010, estarão na lista das nações que proíbem o uso de sacolas de plástico.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Sistema FIESC/ SESI SC