Editoria: Vininha F. Carvalho 23/05/2007
Férias Vivas, ong que tem como missão “educar para o turismo e o lazer seguro e responsável”, comemora a publicação de 11 das 21 normas de turismo de aventura desenvolvidas dentro do Projeto de Normalização e Certificação em Turismo de Aventura. Criado pelo Ministério do Turismo, o projeto tem como entidade executora o Instituto de Hospitalidade – IH e como parceira a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, por meio do seu Comitê Brasileiro de Turismo – CB54, do qual a ong paulistana participa ativamente.
Dentre as já publicadas está a norma Sistemas de Gestão da Segurança – Requisitos, que especifica os requisitos de tal sistema, pois envolve diversos elementos através do qual qualquer organização pode estabelecer uma política de segurança, utilizando as técnicas da gestão de riscos e incorporando o processo de melhoria contínua.
Segundo Sílvia Basile, presidente e fundadora de Férias Vivas, essa Norma pode ser referência para toda organização envolvida com a prestação de serviços que incluam atividades de turismo.
“Ela pode ser utilizada por operadoras, por atrativos turísticos organizados e por aqueles que recebem os turistas nos destinos. Afinal, a finalidade geral da Norma é assegurar, de maneira sistemática e consistente, a prática segura e responsável de atividades de turismo, abarcando todos os envolvidos”, acredita.
E para que serve o sistema de gestão da segurança? Ele permite estabelecer e avaliar a eficácia dos procedimentos, desenvolver uma política e objetivos de segurança, atingir a conformidade em relação a eles e demonstrá-las a terceiros, segundo explicam os envolvidos com o Projeto. E se soma aos demais modelos de sistemas de gestão, dentre os quais se tem, como principais referências, a NBR ISO 9001 (sistema de gestão da qualidade), a NBR ISO 14001 (sistema de gestão ambiental) e a NBR 14900 (sistema de gestão da Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, que trata da segurança dos alimentos).
Setor é considerado estratégico:
Iniciado em 2003, o Projeto de Normalização e Certificação em Turismo de Aventura visa a identificação dos aspectos críticos da operação responsável e segura do turismo de aventura – setor considerado estratégico, que cresce a cada ano e para o qual se estima que já existam no Brasil mais de 2.100 organizações relacionadas.
Para Sílvia Basile, a maior contribuição de Férias Vivas para o Projeto está no fato de, desde o seu início, a ong estar presente como os “olhos” do consumidor. “Ele tem dificuldade de saber o que está acontecendo, desconhecendo, inclusive, que poderia participar de todo o processo de discussão. O trade está representado, os chamados neutros, que incluem universidades, institutos, entre outros, também estão ali, mas o consumidor não”, esclarece.
A presidente destaca como um dos principais passos a ser dado de imediato a disseminação das 21 normas para o público, seja o fornecedor, que pode estar tanto no setor público como no privado, seja o consumidor.
“Essas normas são de extrema importância para melhorar a qualidade do produto e o serviço turístico. Qualquer empresa, independente do tipo e porte, condição geográfica, social ou cultural, pode atender a uma ou mais das 21 normas. Isso indicará não apenas que está preocupada em oferecer qualidade, como também em contínua busca pela melhoria do seu produto ou serviço”.
Sobre as Férias Vivas:
Férias Vivas é uma entidade sem fins lucrativos, que nasceu em 2002 com a missão de “educar para o turismo e o lazer seguro e responsável”. Motivada por uma tragédia pessoal a fundar a ong, a diretora-presidente Sílvia Basile explica: “o nosso foco é a prevenção e a segurança em turismo e lazer; a nossa missão, minimizar os acidentes nessas áreas. Assim, o conceito de Férias Vivas é o de preservar a vida humana, perseguindo o lema ‘pratique com segurança’. O que permeia tudo isso é a idéia de que com segurança você vai mais longe”.
A ong conta com o trabalho voluntário e permanente de um grupo de profissionais atuantes em áreas diversas e tem sempre a adesão de amigos e simpatizantes à causa nos momentos que exigem mais disponibilidade de tempo, como a participação em feiras, palestras e eventos.
