A hotelaria com um toque de charme, com as mulheres cada vez mais no comando

Editoria: Vininha F. Carvalho 07/05/2007

Se olharmos para a hotelaria estabelecida algumas décadas atrás, vamos lembrar que os cargos executivos eram ocupados, na sua imensa maioria, por homens e que as mulheres tinham poucas oportunidades profissionais, ou quando as tinham eram em cargos menores como o de camareira, auxiliar de recepção e outras atividades sem muitas chances de ascensão a uma carreira profissional que vislumbrasse cargos considerados de maior relevância.

Entretanto, a mulher se posicionou, lutou por um lugar mais digno na sociedade, buscou formação de melhor qualidade, inclusive no exterior e, obteve, com mérito, seu espaço no sofisticado mundo da hospitalidade, atuando nas mais variadas áreas, em posições antes quase proibidas, como gerência geral, por exemplo, o topo da pirâmide em um hotel moderno.

O porquê de tal conquista está registrado em estatísticas oficiais em todo o mundo. No nosso País, segundo dados da Bovespa, as mulheres são responsáveis por 50% dos investimentos na Bolsa, sendo que 40% dos clubes de investimentos são formados por mulheres. Também segundo a publicação The Economist, as mulheres respondem por 40% do PIB mundial. E as estatísticas ainda anunciam que 65% dos materiais de construção são escolhidos por mulheres assim como 88% dos planos de saúde e 92% dos pacotes turísticos.

Com tanto “poder de fogo” nada mais justo do que colocar as mulheres no comando e hoje, nada é mais normal do que encontrá-las em posições de primeiro escalão tanto na hotelaria nacional quanto na internacional. São as “jovens” diretoras ou gerentes de alimentos e bebidas, eventos, marketing, financeira, recursos humanos e, principalmente as gerentes gerais, em todas as bandeiras que estão presentes no mercado. E este parece ser o momento da mulher na hotelaria. Elas estão em alta. E que perfil tem esta mulher hoteleira? Se pensarmos em termos da hotelaria internacional, há que se mencionar que as exigências estão cada vez maiores.

Hoje, há que se ter uma estratégia diferente, falar idiomas, ter na bagagem algum curso realizado no exterior, seja ele de graduação, pós ou MBA. É com esses diferenciais que a jovem hoteleira de hoje chega ao mercado. Quanto mais atributos acadêmicos, postura e experiencia internacional ela possuir, maiores serão as chances de fazer uma bela carreira no efervescente mundo da hospitalidade.



Fonte: Dorival Pinotti - Consultor e Diretor de Admissões Les Roches e Glion para a America Latina