Editoria: Vininha F. Carvalho 26/09/2006
Entre 16 e 20 de outubro, os brasileiros Alysson Paolinelli e Edson Lobato serão homenageados com o World Food Prize, reconhecido como versão do que seria o "Prêmio Nobel da Alimentação", em Des Moines (EUA).
O prêmio tem patrocínio da Kemin Industries, especializada em produtos e insumos para a nutrição humana e animal, que na mesma semana realizará o seu simpósio científico anual, com a discussão das mais modernas alternativas para produção de alimentos seguros e de qualidade.
Des Moines, capital do estado do Iowa, região central dos Estados Unidos, torna-se a capital mundial da alimentação entre 16 e 20 de outubro de 2006. Nesse período, dois grandes eventos que contribuem para aplacar a fome no planeta ocorrem quase que simultaneamente no município, atraindo as atenções não apenas da comunidade científica, mas também das organizações globais que atuam na produção e na distribuição de alimentos, autoridades governamentais e demais segmentos envolvidos no suprimento das necessidades do mundo por alimentos seguros e de qualidade.
São eles o World Food Prize, reconhecido como o "Prêmio Nobel da Alimentação", e o Simpósio Científico Anual da Kemin Industries, conglomerado presente em mais 50 países, que oferece produtos e insumos para alimentação e saúde, inclusive dos animais, que ajudam a melhorar a qualidade, a segurança e a produção de alimentos no planeta.
O Brasil tem presença assegurada e indispensável em Des Moines naquele período. Pela primeira vez em duas décadas de realização do World Food Prize, o País será homenageado. E mais, com dois representantes: os engenheiros agrônomos Edson Lobato (Embrapa Cerrados) e Alysson Paolinelli (ex-ministro da Agricultura).
Lobato e Paolinelli serão agraciados juntamente com o pesquisador norte-americano Andrew Colin Mclung com o World Food Prize 2006 pelo trabalho realizado em prol do explosivo crescimento da produção agrícola no Cerrado brasileiro, iniciado na primeira metade da década de 70.
“Alysson Paolinelli, enquanto ministro da Agricultura, possibilitou o desenvolvimento da produção agrícola no Cerrado brasileiro, com a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Edson Lobato trabalhou incansavelmente para aumentar a fertilidade do solo do Cerrado no Brasil Central, atividade que se tornou altamente produtiva e colocou o País no comércio mundial de grãos. Apesar de norte-americano, o prof. Mclung também teve papel relevante nesse processo. Os três, cada um em sua área de atuação, têm contribuição destacada na potência agrícola que se tornou o Brasil, notadamente na região central, que em apenas duas décadas saltou de 200 mil hectares aproveitados para mais de 40 milhões/ha”, ressalta Ricardo Pereira, presidente da Kemin Industries para a América do Sul. “Empresa comprometida com a produção mundial de alimentos, a Kemin é parceira do World Food Prize desde o seu início há 20 anos”, complementa Pereira.
O World Food Prize deste ano terá como proposta central responder à seguinte pergunta: “A sociedade conseguirá produzir durante os próximos 10 anos o mesmo avanço obtido na última década em relação ao aumento da oferta de alimentos para o ser humano?” Este tema será discutido pelo dr. Hans Jöhr, presidente corporativo da área de agricultura da Nestlé, que apresentará palestra durante as reuniões técnicas do WFP.
Mais e melhores alimentos:
Não é mera coincidência que o World Food Prize ocorra em Des Moines, no coração da produção agrícola norte-americana. Nessa cidade, está a sede mundial da Kemin Industries. É lá também que a empresa reúne anualmente seus cientistas, pesquisadores e executivos durante o seu Simpósio Científico Mundial. Nessa reunião da Kemin são apresentados os resultados de um ano de produção científica da empresa ao redor do mundo. No simpósio de 2005 foram apresentados 54 pedidos de patentes produzidos pelos cientistas da Kemin.
“O simpósio mundial da Kemin, realizado simultaneamente ao World Food Prize, potencializa a discussão sobre a produção de alimentos no planeta para melhorar a qualidade de vida e aplacar a fome da população. No momento em que os olhos do mundo estão voltados para Des Moines, durante uma semana, entre 16 e 20 de outubro, os pesquisadores da Kemin espalhados pelos cinco continentes revelam os avanços obtidos nos últimos 12 meses em projetos científicos realizados por iniciativa da empresa ou em parceria com instituições oficiais”, explica Ricardo Pereira. “Muitas dessas pesquisas resultam em novas tecnologias em produtos e insumos voltados para melhorar a qualidade dos alimentos e/ou impulsionar sua produção”.
A Kemin está presente no Brasil com grande linha de suplementos nutricionais para animais, insumos para agropecuária e para pet food, produtos para saúde e alimentação humana. Em termos mundiais, a empresa tem 11 centros de atividades, 14 fábricas e mais de 1.000 funcionários. Fundada por Roland W. Nelson em 1961, a Kemin tem como objetivo principal atingir, em 2015, metade da população mundial todos os dias por meio de seus produtos. Em 2006, seus produtos chegarão a 1 bilhão de pessoas no planeta diariamente. Seu faturamento é de US$ 250 milhões/ano.