Hospital Santa Catarina implanta novo programa de coleta seletiva

Editoria: Vininha F. Carvalho 18/10/2006

O Hospital Santa Catarina, de São Paulo, está implantando um novo programa de coleta seletiva de resíduos que, já em seu início, destina à reciclagem cinco toneladas de material por mês. A intenção do hospital é levar o total de descartes em reciclagem a 10 toneladas de papel, plástico e metais até meados do ano.

“Nosso negócio é cuidar da saúde, e isso se estende inclusive ao destino dos resíduos que geramos”, explica Fabio Tadeo Teixeira, Diretor Executivo do Santa Catarina.

“Para nós, é preciso ter uma visão sistêmica que inclua o meio-ambiente como fator de geração de qualidade de vida, o que só se consegue deixando de agredi-lo.”

Instalado na avenida Paulista e com 1,4 mil colaboradores, o complexo hospitalar gera cerca de duas toneladas de resíduos por dia, mas parte do total deve ter destino especial em razão de suas características infectantes. A seleção cuidadosa dos descartes é básica no projeto. Nos últimos meses, centenas de funcionários do hospital passaram por treinamento para afinar a forma como manipulam e selecionam o resíduo.

Até 2004, a maior parte do material destinado à reciclagem saía de áreas não-clínicas do complexo. No ano passado, a reciclagem foi estendida ao setor de nutrição e cozinha industrial, que serve 68 mil refeições por mês.

Até mesmo o óleo de fritura vem sendo reaproveitado, o produto é encaminhado a um fabricante de sabão. Agora, o processo avança para as alas clínicas, onde os procedimentos são mais complexos. A área piloto, desde o início de março, é a Pediatria. A partir dela, nos próximos meses a coleta seletiva será ampliada para todas as demais alas médicas do hospital.

“A intenção é chegar ao final de 2006 reciclando pelo menos 15 toneladas por mês”, revela o enfermeiro Francisco Silvério Neves, responsável pelo gerenciamento de resíduos. “Seguindo estritamente normas técnicas da Anvisa e do Conama, depois do treinamento do pessoal entramos na fase de reanalisar e reclassificar todos os resíduos produzidos no hospital, de forma a aumentar até o limite a quantidade de descartes destinada à reciclagem.”

Segundo Neves, até o destino do resíduo comum (não reciclável) vem sendo acompanhado pela instituição. O Santa Catarina contratou uma empresa especializada para cuidar desse tipo de descarte em aterros monitorados, minimamente agressivos ao meio-ambiente e mantidos em instalações que atendem às normas ambientais ISO 14001.

Resíduos químicos também estão sendo estocados e destinados a descarte especial, assim como produtos agressivos, como lâmpadas que contêm metais pesados. “Contratamos uma empresa especializada para seu tratamento e destino correto sem agredir o meio-ambiente, o mesmo que se dá com material da área de diagnósticos por imagem, como os reveladores e fixadores”, diz Neves.

No médio prazo, a intenção do Santa Catarina é levar a coleta seletiva inclusive aos apartamentos dos clientes, de forma criteriosa.



Fonte: Allameda Comunicação Corporativa