Editoria: Vininha F. Carvalho 22/05/2006
Foi confirmada nesta semana a captação de mais um evento internacional para o Brasil. Em junho de 2009, a cidade de São Paulo (SP) vai receber o 23º Congresso Anual da ISPA (International Society for the Performing Arts Foundation). A notícia vem após cerca de um ano de negociações, visitas técnicas e apresentações à diretoria da entidade.
A expectativa é de que o evento reúna de 400 a 500 participantes: diretores de casa de espetáculos e centros culturais em todo o mundo e produtores culturais, em geral. São entidades como o Barbican Centre em Londres (Inglaterra), o Lincoln Center em Nova York (Estados Unidos), o Concertgebow, em Amsterdã (Holanda), e o Edinburgh Festival em Edimburgo (Escócia).
Além dos acompanhantes, o evento deve também promover o aumento do fluxo turístico pela vinda de visitantes interessados pelas artes performáticas. Bem como proporcionar uma intensa agenda cultural paralela para aproveitar a presença das lideranças na cidade.
Artes performáticas são manifestações como apresentações de teatro, ópera, balé, concertos, dança, etc. Numa definição básica, são interpretações que colocam em ação concepções artísticas, diferentemente de uma mostra de pintura, por exemplo, em que o trabalho apresentado é estático.
Nos congressos da entidade têm sido debatidos temas como: Artes e Tecnologia; Arte Erudita/Cultura Popular; Economia e as Artes; Parcerias Internacionais; Fusão Cultural, entre outros. Até 2009 serão realizados congressos anuais da ISPA em Hong Kong (China, 2006); Bruxelas (Bélgica, 2007) e Durban (África do Sul, 2008). São Paulo disputava diretamente com Durban pela edição de 2008, mas ao fim as duas cidades acabaram provando-se aptas e vão abrigar cada uma um encontro, consecutivamente.
Foi fundamental para esse processo o apoio prestado pelo governo federal (por meio do Ministério do Turismo/EMBRATUR e do Ministério da Cultura), pelo governo municipal (através da Secretaria de Cultura da Cidade de São Paulo e da São Paulo Turismo) e pela iniciativa privada (por meio do São Paulo Convention & Visitors Bureau).
O Ministro da Cultura, Gilberto Gil, que havia tomado conhecimento da candidatura brasileira, aproveitou para manifestar pessoalmente seu apoio ao ser convidado para receber um prêmio durante a realização da conferência anual da ISPA, em janeiro.
A participação da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) mais uma vez ocorreu por meio de uma completa assessoria técnica durante toda a fase de postulação. Foram preparados pela diretoria de Turismo de Negócios do Instituto, folheteria para o lançamento da candidatura e o dossiê de candidatura (bidding book), com informações detalhadas sobre a estrutura disponível para a realização do encontro.
O consultor da Embratur, Jefferson Pereira acompanhou a visita técnica feita por membros da ISPA a instalações na capital paulista e, posteriormente, participou da defesa da candidatura em Nova York, juntamente com Cláudia Toni, da Secretaria de Cultura da cidade de São Paulo. Cláudia, por sinal, por ter relacionamento mais antigo com a ISPA (sendo hoje a única sul-americana a fazer parte do conselho diretor da entidade) foi a responsável pela iniciativa de captação do congresso e por procurar e envolver as diversas instâncias na disputa.
Vale lembrar que este tipo de assessoria está sempre disponível aos interessados em trazer para o País congressos internacionais das associações de que fazem parte. Em 2005 o Brasil galgou três posições no ranking mundial da ICCA (International Congress and Convention Association) dos maiores destinos para a realização de eventos internacionais e ficou com a 11ª colocação. Foram 145 eventos contabilizados. Enquadram-se nos critérios de eventos internacionais da entidade os eventos itinerantes, com periodicidade fixa e com um mínimo de 50 participantes.
Sobre a ISPA:
A Sociedade Internacional para as Artes Performáticas é uma organização sem fins lucrativos fundada em 1949. É composta por mais de 600 executivos e diretores de casas de espetáculos, festivais, companhias artísticas, autoridades governamentais de cultura, empresários do meio artístico e interessados no envolvimento com as artes performáticas em mais de 50 países. O objetivo da Sociedade é desenvolver e fomentar uma rede internacional de líderes artísticos e profissionais dedicados ao avanço das artes performáticas.