Como gerenciar eventos com sucesso

Editoria: Vininha F. Carvalho 14/07/2005

Todos nós possuímos a capacidade inata e intuitiva de julgar, escolher e tomar as decisões mais acertadas para nossas vidas pessoal e profissional e até de apresentar estratégias para gerir com intuição o sucesso de nossos empreendimentos, eventos e negócios. Porém, nem sempre só a intuição é suficiente. É preciso transpiração, estratégia, trabalho, assertividade e, por último, sorte.

“Não basta participar de um evento e ficar esperando a visita do cliente. É preciso treinar pessoas a buscarem o aperfeiçoamento profissional que garanta a alta performance com o menor custo para as empresas. Feira é um momento singular de divulgação em que o expositor pode interferir e investir diretamente em seu público-alvo, uma ação dentro do contexto de internacionalização de empresas. É um espaço privilegiado de promoção, divulgação e vendas.

As feiras comerciais podem otimizar a relação custo/benefício se a empresa tiver sua participação criteriosamente planejada”, comenta Anselmo Carvalho, diretor presidente da Feira&Cia, empresa especializada em marketing e treinamento para feiras de negócios e eventos corporativos.

Segundo um dos mais requisitados especialistas em feiras de negócios e de consumo da América do Norte, o consultor canadense Barry Sinskind, que estará no Brasil de 18 a 20 de abril para o evento itinerante Feira&Cia Roadshows “as feiras dão aos empresários a oportunidade de demonstrar seus produtos e serviços a um grande número de pessoas receptivas, em um curto período de tempo.

Os visitantes comparecem para ver, sentir, tocar, provar, degustar e cheirar seus produtos e serviços. Com certeza, são oportunidades interessantes para o contato, não só com seu público-alvo, mas também com fornecedores, parceiros comerciais, novas matérias-primas e tecnologias, além de possibilitar a observação de possíveis concorrentes diretos e indiretos.

Porém, é preciso identificar as zonas de interesse que podem destacar seu estande dos demais. Como me distingo na multidão e me diferencio da concorrência? Esta é a pergunta mais freqüente entre os expositores, que se movimentam para incluir uma cacofonia de idéias no estande - prêmios, sorteios, desenhos com grafismos chamativos e demonstrações - e chamar a atenção do visitante.

A pergunta é: o que funciona e o que não funciona? A resposta começa com os visitantes compreendendo o evento e o que mais os atrai para um estande do que para outro.

Os visitantes passam por momentos difíceis em meio a tantos estandes e demasiadas informações. Com isso, o período de atenção diminui diante de sua incapacidade de absorver novas informações. Quando este é o caso, os desafios com os quais os expositores devem lidar se agigantam.

Em alguns casos, a função de atrair a atenção é deixada a cargo de modelos escassamente vestidas, girando de forma sedutora sobre um novo produto.

Definitivamente, isso atrai a atenção, mas é este o público que você está procurando? A chave da questão é atrair a atenção correta”, comenta Siskind, que nos últimos 20 anos tem globalizado seu “expertise” pelo mundo todo, ministrando seus programas educação para centenas de profissionais.

Barry é considerado um dos principais gurus mundiais do marketing contemporâneo em eventos. É presidente da International Training and Management, única empresa de consultoria para educação de expositores no Canadá.

“Entender a arte de atrair o visitante certo para o estande é um passo crucial para todo expositor. Alguns visitantes têm uma idéia preconcebida de quem você é e se interessam em visitar seu estande. Este interesse poderia ser o resultado de sua agressiva campanha promocional antes do evento, da reputação de sua companhia ou do boca a boca.

Estas pessoas vão para sua exposição porque assim planejaram e não se deixarão dissuadir”, conclui Barry. Este e outros temas serão abordados no inovador seminário itinerante Feira&Cia Roadshows, que visitará, em sua primeira edição, três capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, levando cultura de primeiro mundo a um país que investe pesado em eventos de negócios.

Só para se ter uma idéia, este ano, mais de 170 feiras serão realizadas no Brasil, com 20 novas estreando. O mercado é crescente e movimentou no ano passado, mais de R$ 3 bilhões, envolvendo organização, promoção, serviços etc.

Um mercado promissor que hoje abocanha grande parte da verba de comunicação, pulverizando entre PDVs, mídia, feiras, exposições e eventos de negócios, ferramentas eficazes de projeção de marca e imagem da empresa no mercado. Não basta participar, é preciso focar nos resultados.



Autoria: Claudete Cotrim

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